domingo, 28 de abril de 2013

Mulher barriguda


Eu tinha programado mentalmente um post só amor, ousadia e alegria sobre os enjoos. Dando dicas sobre o que fazer e tal, mega contentona porque estava ótima e claro que os meus tinham finalmente ido embora. A caixa do remédio acabou e eu DE BOA, não preciso mais disso. Porém não, né, minha gente. Um dia sem o medicamento e voltou tudo. Não tem bolacha salgada, bala de menta, chá de gengibre que dê jeito. Ainda fiquei uns bons 3 dias dando super moral pro meu orgulho taurino e recusando-me terminantemente a comprar o remédio. Tive que dar o braço a torcer. Então,  dei um leve foda-se para as dicas (que deixaram de funcionar comigo e se eu virar hipocondríaca a culpa é toda delas) e decidi falar sobre o que há de concreto na gravidez: a barriga.

AlôAlô, vocês sabem quem eu sou?



Dar notícias assim de longe pras pessoas significa quase sempre responder à pergunta “E a barriga?”. Geralmente, respondo com um “tá aqui, crescendo” bem simplório. “Tá aqui, crescendo” esse que antes, lá no bendito primeiro trimestre, era sofrido e tímido porque não, ela não tava nada de crescendo. Antes o contrário. Tinha dias que eu fazia uma ~~análise crítica~~ e achava que ela tava diminuíndo. Chegou uma altura que eu usava aquele velho truque de inflar a barriga pra me convencer e tentar convencer os outros que tinha algo ali aparecendo, claro com certeza sem dúvidas. Fato é que ela não passava de uma agoniante pancinha de cerveja, aquela bem na linha “tá gorda ou tá grávida”.

Não lembro bem que dia eu acordei e ela resolveu assim saltar, mas foi o que aconteceu. Dormi e ela fez “PLOFT”. E “PLOFT” passei a ser reconhecida na rua como grávida. “PLOFT” metade das roupas deixaram de servir. “PLOFT” ela não para mais e tá ficando gigante passando a comprometer a visão das ~~partes baixas~~. “PLOFT” QQ HOUVE COM MEU UMBIGO?

Aí que com a barriga vem também uma atração de tocá-la all day long. Grande parte do tempo, o bebê tá quietinho, mas eu tô lá com a mãozinha. Esses dias, a sobrinha do José me viu fazendo isso e perguntou se eu tava com dor de barriga. “Não, Vera. Por quê?” “Tás aí passando a mão o tempo todo...”. E eu fiquei hahahahahihihihi né? Vou falar: é irresistível. Não tem como não tocar. É mais forte do que eu e já se tornou quase inconsciente. Assistindo tv, pensando o que vou almoçar hoje, prestando atenção na aula, brigando com a Meg pra ela parar de rasgar as almofadas e sempre a mão lá. 

Aí que com a barriga vem também toda uma nova consciência corporal. Isso quer dizer que você não passa mais por todas as frestas. Ridículo, mas já fiquei presa entre duas cadeiras, entre uma cadeira e a parede, entre dois carros estacionados, numa porta meio emperrada. Acho que agora já entendi. Então algo caiu no chão, você vai se abaixar e OPA!. Travou. A desenvoltura, ela agora tem limites. Bater a barriga nas coisas? Normal. Outro dia desloquei a prateleira dos ovos na geladeira só com um encontrão barrigal. Dormir também começa a exigir toda uma nova configuração que envolve n travesseiros, virar de um lado pro outro 57 vezes por noite e sofrer muito quando sua posição favorita era de bruços.

Agora vai lá no armário e pega a sua blusa favorita. Isso, aquela regatinha super fresquinha que você amava. Veste. Passou nas peitas. Beleza. Magia. Esticou na barriga. Olha, tá servindo! Não...pera...Alá! Alá um pedaço de ventre à mostra apanhando frio! Vamos todos nesse estica e puxa e viva a festa da Xuxa com as camisetinhas, quem nunca?

Mas a minha parte favorita no desengonçamento é fazer pose pra foto. Tá que eu nunca fui a cara da fotogenia, mas agora com esse adendo gravídico ficou bem. Bem pior. Ora reparem.

Pose de grávida é assim?


Certo é que ela vai ficando maior, vai apertando o meu diafragma, vai comprimindo mais o meu estômago, mas eu continuo com a mãozinha lá. Acho que é isso que chamam de carinho, né?

1 comentário:

  1. Nossa amei. Ri muito! Estou grávida de 5 meses esperando a chegada do Miguel ♡♡♡♡ beijossss

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