sexta-feira, 15 de maio de 2015

5 vantagens de amamentar um bebê maior que ninguém nunca te contou

Pronto. Lá vem a chata da amamentação com aquele discurso evangelizador dela de que a OMS preconiza o aleitamento materno pelo menos até os 2 anos e blá blá blá. Disso vocês já sabem e cada um toma as suas decisões, inclusive a de não amamentar. Não estou aqui para enfiar LM goela abaixo em ninguém. Sou uma pessoa pacífica, de bem, pouco conflituosa. Maaas, como eu adoro falar sobre esse assunto, achei que ele merecia outro post, talvez com um novo recorte.

Tenho certezinha absoluta que todo mundo conhece os benefícios do leite materno, sabe que a amamentação também reduz as chances da mãe desenvolver um câncer de mama, que pode auxiliar na perda de peso pós-parto, coisa e tal, tal e coisa. Quem amamenta sabe também que nem sempre é fácil. Mesmo que superemos todos os problemas de pega, alergias, intolerâncias, mastites e afins, há sempre aquele dia (ou aqueles dias, semanas) em que estamos um caco, o bebê só quer mamar e o nosso pensamento é "onde é que eu fui me meter?". É um bocado viver na dualidade. Adoramos os momentos de aconchego, mas tem alturas...ai, tem alturas em que só queremos as mamocas para nós. Estou mentindo? Não estou nada porque sei que tem mais gente nesse barco! Ora, não se escondam! Assumam lá!

Por essas e outras, muitas outras, há mães que desistem da livre demanda e da amamentação no geral. O cansaço é extenuante e todos temos formas diferentes de lidar com ele. Depois tem também aquela coisa, bebê crescido é bebê sabido. Eles ganham uma habilidade de sacar a mama fora que nem nós, as donas das ditas cujas, temos. Já viram as situações que podem surgir, não é? As posições contorcionistas que eles escolhem para mamar também são um caso à parte...Fora a nossa própria experiência, têm as vozes da sabedoria. "Ai, ainda mama tão grande? Ai que isso é vício!" "Vai mamar até casar?" "Mas já anda e ainda mama?". Essa última...é de uma cientificidade que comove!

Forças contrárias existem muitas e alguns fatores pesam, como já mencionei. Se você não quer desistir, o melhor a fazer é positivar ainda mais a experiência. Como? Encontrando vantagens mais práticas e menos pragmáticas! A teoria todo mundo tem na ponta da língua, mas quando o calo aperta...Aqui contamos com 20, quase 21 meses da livre demanda e já percebi que posso otimizar o momento da maminha (que ainda não muitos). Então, decidi partilhar esses "plus". Pode ser que ajudem alguém naqueles dias mais punks. Ou que pelo menos faça alguém pensar que existe maluco pra tudo (o que é mais provável, aliás).



1- Transforme no momento do "check up"
Quando querem, os bebês são muito pouco colaborativos. Por isso, aquele momento de tirar a caca do nariz pode ser um tormento. Aproveito para fazer isso quando a Malu está mamando. Nem sempre ela acha bonito, mas ainda é mais fácil do que em situações menos lactíferas. Também confiro as orelhas e o cabelo (que sempre tem algum nó).


2- Dá para aparar as mini-navalhas
Essa foi a que descobri mais recentemente. Andava há 2 dias em uma negociação frequente com a pequena para cortar as unhas, fazendo de tudo para que não houvessem berros. Uma bela tarde, ela chegou da creche, pediu para mamar e lá fui eu com a tesourinha, achando que não ia funcionar. Pois não é que deu certo? Cortei todas, ainda acertei e ela continuou fazendo o que tinha que fazer.


3- É mais fácil tentar um acordo
Muitas vezes, os bebês maiores mamam porque ficam entediados. Lembram-se assim do nada ou sentem certa saudade de nós. Naqueles dias em que estamos com pouca disponibilidade, vale tentar um acordo. Como eles já têm um grande poder de percepção, pode ser que funcione, não recusar, mas negociar. Por exemplo, se a Malu tiver mamado há pouco tempo e pedir de novo, eu digo que a mimi está cansada. Ela pede para dar um beijo (<3 <3 <3) e vai brincar ou fazer outra coisa. Funciona sempre? Não, mas as chances de fazer-me compreender são maiores do que se eu dissesse à Malu com 5 meses que a maminha precisava descansar HAHAHAHA Ela ia entender, ia.

4- É engraçado
Vocês acham que não tem piada nenhuma um bebê grande mamando? Eu acho, gente, principalmente o jeito que eles arranjam de pedir. A Malu, quando quer mudar de um lado para o outro diz: ôta mimi! ôta! Se eu tento enganá-la de uma alguma forma, ela tem que ser mais enfática: cutuca a mama e diz "essa!". A primeira vez que isso aconteceu foi em uma noite particularmente difícil. Ela sentou-se na cama, cruzou os braços e falou altíssimo (tenho certeza que todos os vizinhos ouviram): ÔTA MIMIIIII! Que mau humor resiste à "ôta mimi"? Se nos faz rir, acaba por ser mais prazeroso que desgastante.


5- Se tudo der errado, tire selfies (ou brelfies)
E pronto. Você não conseguiu fazer o check-up, nem cortar as unhas, a criança não quis conversa? Vá tirar umas selfies nesse tempo livre! Aposto como só tem fotos do bebê entupindo a memória do smartphone, não é? Já que tem que ficar sentada ali mesmo esses minutos, vale se permitir " a ousadia". Eu sou adepta, tanto da versão selfie, como da brelfie (que foi o raio do nome que inventaram para as fotos que tiramos enquanto damos de mamar).

Selfie sim, e se reclamar vai ter brelfie também!