terça-feira, 25 de março de 2014

Para quê a pressa?

Se tem uma coisa que os bebês adoram fazer, mesmo sem a menor intenção, é nos ensinar que eles têm um tempo próprio e muito particular: o tempo deles. O tempo de crescer dentro da barriga, de nascer, de crescer fora da barriga. E dentro do universo tempo do bebê, cada bebê tem seu tempo, por isso, é inútil compará-los. 

Nós, humanos adultos impacientes que somos, adoramos, por nossa vez, fazer com que os bebês sigam o nosso tempo. E o nosso tempo é cheio de pressa. Bebê tem que nascer às 38 semanas, bebê tem que ganhar 1kg por mês, bebê tem que sorrir antes do primeiro mês, bebê tem que sentar aos 6 meses e comer todas as frutinhas antes de completar os 7, bebê tem que engatinhar aos 8, falar aos 9 e andar aos 11. Tem que fazer porque o médico disse, porque a vizinha falou que é assim, porque quero logo que ele seja independente e vá dormir no quarto sozinho, a noite toda. São estímulos demais, quereres demais e ansiedades demais projetadas em cima de alguém com poucos centímetros e tantos instintos. Teimamos em ir contra, teimamos em apressá-los e depois o que fica? Saudade. Um lamento eterno porque passou rápido demais, porque o bebê cresceu e não quer mais andar ao colo.

A Malu demorou até as 28 semanas de gestação para nos dizer que ela era ela. Nasceu quando quis, às 39 semanas e 2 dias. Nunca mamou de 3 em 3 horas. Agora, quase aos 7, é que fica mais tempo sentada sem apoio. Agora, quase aos 7, é que ela gargalha.

Não vou ser aqui hipócrita e dizer que fui sempre um Buda da compreensão. Muitas vezes eu quis que passasse logo. Quis que aquelas noites longas do primeiros mês fossem passado, quis que ela dormisse umas horinhas seguidas sem lembrar de mamar, que caminhasse pelos próprios pés sem precisar de colo, que me deixasse almoçar sossegada enquanto brinca com os brinquedinhos dela. Noite passada, inclusive, ela acordou chorando n vezes e eu pensei: Malu, quando isso vai acabar? Parei de escrever esse post incontáveis vezes para sentar ao lado enquanto ela brincava. Se eu me afastava, ela protestava. Até que dormiu segurando o meu colar. Quando, nos seus próximos anos de vida, ela vai fazer isso de novo? Quando ela vai caber assim no meu colo?

9 comentários:

  1. Exatamente o que eu penso: tem horas que dá vontade de sair correndo vontade de poder sentar e ver um programa de TV, mas aí eu olho pra ele e penso: é só hoje. amanhã ele pode não querer mais isso. E aí relevo....tudo tem seu tempo, acho que a funçãode nós mães também tem que ser aprender a ter paciência e entender que tudo tem sua hora e que tudo é passageiro! hehe
    PS: ela é fofa demais, como pode? hehe
    bjss

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    1. Bem isso, Carol!
      Tem dias que parece uma eternidade, mas eles passam tão pouco tempo sendo bebês...
      A gente aprende, na marra às vezes, mas aprende. hahahahaha

      Beijos!

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  2. Este post tem tão de verdadeiro como de encantador! :) <3 <3 <3

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  3. Deixemo-los em paz e sorriamos mais :)
    Meu... Essa risada dela! É amor em forma de menina, gente! bjs

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    1. Exatamente isso, Jorge! Sorriamos mais! Vamos curtir!

      Beijos!

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  4. Romana, bebês têm mesmo o tempo dele desde a concepção... A gente não engravida na hora que quer bem certinha, a gravidez nem sempre corre como a gente imagina, etc etc etc. Já tô aprendendo isso de agora, tenho entendido que meu bebê é bem único, nem tudo que me disseram se aplica por aqui. kkkkkk! Post encantador e super verdadeiro. E pra completar a Maluzinha linda me fez gargalhar com ela aqui! hehehe! Beijos!

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    1. Tu já viu que, apesar da nossa ansiedade, eles fazem do jeito deles, né? Nem adianta! kkkk
      Essa Malu é demais. Não tem nem como não rir com ela. hahahahaha

      Beijos!

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  5. A Malu tá linda!!! Olha, Romana, você tem super razão! Daqui a pouco ela não estará gargalhando assim mais, como um bebê. Eu to pensando assim também com relação a gravidez. Durante o primeiro trimestre não, eu queria que passasse logo todos aqueles enjoos horríveis, mas agora não tenho pressa nenhuma, quero que a minha filha nasça quando ela quiser e to querendo curtir cada detalhe da gravidez, inclusive a dor nas costas. E... o tempo vai passando e daqui a pouco quem era bebê vira um adulto...
    Beijo, Rita

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