segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

16 meses e o ano que foi

2014 foi meu primeiro ano "mãe", de janeiro a dezembro, integralmente, full time, fins de semana, feriados, horas extras. E pronto, os outros a seguir também o serão porque não posso chegar pra Malu e dizer "Eu me demito!". Nem quero. Mas 2014 foi o primeirão, o primeiraço, o pioneiro. E foi, sabem. Foi.

Que eu me lembre, não esperava muito. Esperava estar aqui para ela, para nós e para contar a estória. Aliás, se há algo que mudou bastante para mim com a maternidade foi a geração de expectativas. Desde que engravidei, elas andam muito próximas de zero. E não levem isso a mal! No meu caso, é ótimo! Cinco estrelas mesmo! Ora vejam bem, eu sou Touro com ascendente em Touro, logo, gosto de segurança, dos dois pés bem assentes no chão. Os pés. Porque a cabeça voa, vai embora, sonha. Não contem a ninguém, mas eu conhecia um fulano em um dia e no outro estava completando o nosso álbum mental de casamento. Não contem, tá???? Então, eu engravidei e ansiosa foi o que eu menos fui. Levei tudo nas calmas, literalmente empurrei com a barriga. Não quis saber com quem a Malu pareceria, se teria os meus olhos ou a boca do José, se seria chorona ou sossegada. Ela nasceu e, eu nunca imaginei, mas saiu-me melhor do que encomenda. Tinha ela uma semana e vinham as perguntas "Mas será que os olhos dela ficarão claros?" "Será que o cabelo vai ficar como teu?". Quero lá saber, gente...curtam o momento! Malu cresceu, continua a crescer e eu não faço ideia que cara ela vai ter quando tiver 2 anos ou como vai ser quando conseguir formar uma frase. Não sei, não faço ideia, nunca me peguei pensando nisso. Acho que estive muito ocupada aproveitando a Malu de hoje que pode não ser a mesma de amanhã.

É basicamente isso. Ela me trouxe para o presente. Não quer que eu faça álbum mental de casamento, não quer que pense como ela ficará com o uniforme da escola, não quer que eu pense que curso ela vai escolher na universidade. Ela quer que eu sente no chão agora e leia o livro dos bichos pela sexta vez. 

Mas eu penso no futuro, claro. Penso quando tento adiar ao máximo a introdução das ditas "guloseimas", quando não nego o colo, quando atendo o choro, quando valorizo o encaixe de duas pecinhas de brinquedo que ela fez com tanto custo, quando rio junto. Estar no presente e presente é, de certa forma, pensar no futuro também.

Creio que não parei de gerar expectativas de todo. Parei de gerar as expectativas erradas, as expectativas errantes. 

Dia 31 fizemos 16 meses para encerrar o ano. O nosso primeiro ano inteiro juntas, de janeiro a dezembro. Que venha 2015, como ele tiver de ser. Nós daremos um jeito.

4 comentários:

  1. Romana Naruna, sua linda! Como eu gostaria de te dar um abraço agora, depois de ler esse seu texto. É isso, estar presente no presente! É isso mesmo! Um ótimo novo ano pra vocês!
    Beijos, Rita

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    1. Obrigada, Rita!
      Acho mesmo que é o melhor que podemos fazer, de verdade.
      Mando um abraço virtual! hahahahaha

      Beijos e um 2015 lindo!

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  2. Putz, nem fale! Como esse primeiro ano de m~e eh complicado, n'e? eu ainda passei por 4 meses sendo mae/trabalhando fora e agora terminei sendo mae/trabalhando de casa!
    Nem sei o qu pensar! rs
    bjs

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    1. Muita loucura, né, Carol?
      Eu sei que os outros vão ser loucos também, mas o primeiro é o primeiro, não adianta! hahahahahahaha

      Beijos

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