quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

Aleatórias de mãe e filha

Juro jurandinho da silva que eu tentei ser coerente e coesa (como me ensinaram na faculdade de Jornalismo)  e escrever sobre um assunto só. Mas quem liga, né, gente? Vamo chutar o balde e falar sobre coisas, no plural mesmo.

- Um dia, Malu despertou e "CORDEI! CADÊ MUNDO QUE EU QUERO DESCOBRIR?". Ligaram o botão da curiosidade nessa pessoa e nada, absolutamente nada passa despercebido. Em tudo ela quer colocar a mão, a boca, quer saber de onde vem todos os sons. É uma verdadeira rede de arrasto. Se eu vou trocá-la, ela sai puxando logo o que tem por perto, seja o pacote de lenços, seja fralda suja, seja roupa. Em bom~~ purtuguês de Purtugal~~, cuscuvilheira. Em bom piauiês, malina. A poucos dias de começarmos com a introdução alimentar (senta e chora), ela deu pra abrir a boca sempre que nos vê comendo. Mas não é um abrir de boca discreto. É um abrir de boca feat. jogação de tronco para a frente que configura uma clara movimentação "dá cá isso que eu também quero". Se eu fosse muito otimista, era capaz de pensar "jesus cristinho, que coisa maravilhosa! essa criança vai comer lindamente!". Como eu sou muito realista, chamo isso de fogo de palha. Mais uma demonstração da sua curiosidade inabalável ou o simples fato de repetir o que nos vê fazendo. Seja uma coisa ou outra, eu e o José nos fartamos de rir. Desculpa, filha. A gente ri muito da sua cara. Mesmo.

- A gente pondera bem sobre quando e que tipo de brinquedo dar. Como vemos que ela já se interessa e aquilo passa a ter algum sentido, vamos fazendo um rodízio. E muito bem, ela brinca...com a etiqueta das coisas. Fui aqui lavar as louças, totalmente no modo doméstico operante, e deixei-a no carrinho com  um elefante colorido que ela tem. Ficou ali do meu lado, muito calada. E eu "olha, que maravilha...brincando", mas sem desviar o olhar da pia ainda. Continuou calada..."gente...afinal, os brinquedos começam a fazer sent...filha, isso é a etiqueta do bicho??".

- Se tem uma coisa que não me ofende minimamente é confundirem a Malu com um menino. Acho mesmo que as pessoas não têm qualquer obrigação de identificar à primeira (segunda, terceira...etc.), até porque visto-a sem esse propósito. Aliás, visto-a mesmo porque é o jeito. Tá frio e ainda não rola a operação Xingu. Quando ela tinha perto de um mês, fomos à consulta no Centro de Saúde e lá uma senhorinha olhou-a "Aah! Que riqueza! Tem mesmo carinha de menino!". Não me fez nem cócegas. Não achei aquilo ofensivo e foi então que me dei conta que essa confusão passava mesmo ao lado. Lembrei disso porque este fim de semana, no supermercado, um senhor confundiu-a com um rapaz e ficou visivelmente sem graça com isso. Pediu mil desculpas. Mal sabe ele que a minha cara de c* (desculpem, crianças) era pela pegação descontrolada na minha criança que dormia...

- Vocês já viram um bebê com cara de quem está te julgando? Essa é a Malu quando encontra pessoas que ela não conhece ou quando fazemos alguma coisa que ela não acha a menor graça. Porque vocês sabem, ser mãe e pai é se virar em palhaço também às vezes. Acontece que essa nossa cria aqui nem sempre vê piada por mais que nos esforcemos, mas não vê piada meeeeeesmo. Daí faz uma cara de "mas o que eles estão pensando da vida?".

- Ai, a maternidade e a arte de cuspir na testa...Eu, que já julguei tanto as pessoas que só postam fotos dos filhos, que jurei que nunca ia falar com o bebê que nem uma abestada...HAHAHAHAHAHAHA Preciso nem dizer, né? Nem dizer que meu Instagram tá atulhado de Malu, que meus status do Facebook são basicamente sobre Malu e que, antes de vir postar, estávamos numa conversa Abudigiguiguá Bibobutetedadá.
Resgatando a africanidade para tapar as entradas

- Minhas roupas começaram a cair. Só não mais que o meu cabelo...porque olhan...tenho aqui umas entradas maravilhosas. Estou me valendo da trucagem, resgatando a africanidade e sendo feliz, apesar de careca.

Eu tinha mais coisa pra relatar, mas vocês não imaginam o quanto eu emburreci, fiquei surda e meio desnorteada. Sério. Ando esquecendo de tudo e mais alguma coisa, mas esquecer de tirar foto da Malu e mandar pra listinha do Whatsapp, eu não esqueço.

Agora quero propor aqui uma coisa. Na verdade, pedir uma ajuda, uma sensibilização. O José está com um texto empacado há 3 meses. Dizendo ele que anda escrevendo sobre ~~dores e delícias~~ da paternagem. Há 3 meses, minha gente. Vamos fazer uma leve pressão para que ele libere essa obra prima pra gente? Peçam com carinho. Eu já tentei, já dei deadline, prazos, prometi que não quebrava mais nenhum copo...nada adiantou. Tentem vocês a ver se temos esse textinho lindo por aqui. Podem apelar. Ele está ouvindo. Garanto.

9 comentários:

  1. Mas, gente, que carinha linda é essa toda concentrada com a linguinha de fora? Muita fofura pra uma foto só <3 <3
    Que linda, descobrindo o mundo!!

    E ó: adorei o post mesclado, viu?! Pode escrever mais, nem vou reclamar, haushuahsa

    Agora, papo direto:
    Josééé, libera aí o texto todo trabalhado na paternagem ativa, colega! Agora que já sei que esse texto tá aí guardado, fiquei muito animada AND curiosa para ler - e não se pode fazer isso com as gestantes, vc deve se lembrar como elas são, ahahahaha. A blogosfera precisa de mais pais presentes \o/ \o/ Uhuull!!

    Beijo, gente!!

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    1. Ela tá muito engraçada, Mari! Atingiu um ápice assim de fofura que eu falto morrer aqui todo dia. Só temos é que vigiar o tempo todo porque essa curiosidade dela rende uns sustos às vezes. Imagina quando começar a engatinhar/andar. Medo! hahahahahaha

      Também acho que a blogosfera precisa da voz dos pais! Um bom argumento na sensibilização! hahahahahha

      Beijo, sua linda!

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  2. Olha, como jornalista tb, busco a coesão, mas não dá, fervilham ideias! hehehe. Mas antes de seguir, posso roubar essa foto para mim? rs Tá muito delícia essa menininha! Que obra prima da beleza... E José, meu querido gajo, libera o texto, rapá! bjs e paz para os três

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    1. Né? A gente também já tem que ser muito coeso nos textos de trabalho, há que escapar um bocado. Faz mal não, né?
      Ainda bem que tu pediu só a foto! Se fosse a pessoa na foto, eu não dava não. Nananinanão! hahahaha

      Beijo, Jorge!
      Beijo naquela lindeza que é a Zoe!

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  3. Olha, se você estivesse escrevendo pra um jornal ou coisa assim, realmente melhor seria um assunto só. Mas adorei o post salada assim! E olha que linda a Maluzinha é! Em Portugal as meninas tem orelha furada logo no início como no Brasil? Aqui nos USA não, e todo mundo acha um absurdo furar. Então a Sementinha quando chegar no Brasil será confundida com menino também. Ah... tudo bem!
    Oh, José! Libera pra gente esse post vai?! Não precisa de ser perfeito, aliás os blogueiros e leitores por essas bandas não ligam muito pra preciosismo. Libera, vai?!
    Beijos pros três!
    Rita
    http://melancianabarriga.blogspot.com

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    1. Pois é. Libertei-me aqui da coesão, só por enquanto. hahahahaha
      A questão das orelhas: aqui também não furam! É uma luta encontrar um lugar que fure e as pessoas ficam meio chocadas. O próprio pai sempre foi contra furar e eu acabei cedendo (apesar de ter os brincos dados pela bisavó dela): vou deixar ela crescer e decidir se quer furar ou não. Tu acabou de me lembrar um bom assunto pra post, aliás. :D
      Vamo lá! Pressão no José! hahahahahaa

      Beijo nos três daí!

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  4. Romana, brinco na orelha é um ótimo assunto mesmo. Olha o que escrevi antes de engravidar: http://melancianabarriga.blogspot.com/2013/08/quando-furar-orelha-da-menina.html . Mas agora to pensando que vou me adaptar à cultura daqui da Gringolândia e a Sementinha só furará a orelha depois de crescida. Mesmo que a gente se mude pro Brasil quando ela tiver 3 anos, deve ser muito difícil furar nessa idade. Ai, um dilema! Acho lindo bebezinhas com brinquinho, mas isso é difícil aqui...

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  5. É tanta coisa que nem sei o que comentar! kkkkkkkkkkk! Malu tá linda e eu adoro ler tuas maluquices! kkkkkkkk!

    E José, pleaaseeeee, escreve o texto! kkkkkkkkkk!

    Beijos pra vcs!

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    1. kkkkkkkkkkkkkkkkkk mermã, maluquice maior só vivendo nessa casa. só gente boa da cabeça!

      Beijoooooooo

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