Como uma boa cria do Discovery Home &
Health, o resultado do exame foi para soltar o grito de “eu já
sabia” preso na garganta. Passei anos assistindo ao “Eu não
sabia que estava grávida” e estava suficientemente traumatizada
para não saber o que se passava cá nesse corpo.
Mesmo a líder do movimento certezista,
ainda passei um tempo fazendo parte da turma do deixa disso, do
gênero “ah, acordei enjoada hoje, mas isso já acontecia”, “ah,
meus seios tão assim enormes, mas isso é TPM”, “ah, minha
menstruação atrasou, mas iss...”. OPA. Ela nunca atrasava. Hora
de procurar o médico. Nem eu, nem o José somos fãs de teste de
farmácia. Primeiro porque aqui eles são consideravelmente
caros...aliás...pausa aqui, gente. Não cheguei a citar que, por
motivos de amor e mestrado, moro em Portugal, pois não? Gravem aí
que isso é um dado importante para a compreensão dos próximos
episódios.
Retomando.
A certeza por cá também era tanta que
melhor ir logo ao médico e dar o assunto por encerrado. Quer dizer,
iniciado. Aí foi um tal de se entender com o sistema de saúde
público português, um tal de chegar no médico com a cara limpa de
quem não sabia o que estava acontecendo e um tal de espetar agulha
nesse braço e esperar um fim de semana inteiro pelo resultado. Haja
frieza, amiguez.
Abrir aquele envelope e não ter mais
dúvidas da gravidez foi...não digo susto, não digo
surpresa...nunca consegui classificar. Foi e foi. Estava mesmo
grávida “e de que maneira!”, foi o que o médico disse quando
viu o resultado da análise. As mulheres não grávidas normalmente
têm os níveis de beta HCG a zero, os meus estavam a quase 30 mil!
HCG bombando |
Inegavelmente grávida, era suposto
fazer o quê? Ligar pra mãe? Ligar pro pai? Ligar pra amiga? Claro
que assistir o documentário da Discovery sobre gravidez. ÓBVIO.
Mas qual a lição desse post,
coleguinhas? Prestar atenção no seu corpo, sempre, em todos os
casos. A minha quase certeza de gravidez veio quando eu identifiquei
o “sangramento de implantação”, que ocorre normalmente entre o
7º e o 10º dia depois da concepção. Ele tem um aspecto que lembra
muito a menarca e dura uns dois dias. Claro que cada corpo é um
corpo, cada gravidez é uma gravidez, mas não custa ficar atenta.
Depois disso, vem aquilo que vocês já sabem...os atrasos, as dores
nos seios, os enjoos...Esses estão comigo até hoje, do alto dos
meus quase 5 meses de gravidez. Desde o início da gestação, o
médico prescreveu-me uma coisa mágica chamada Nausefe que, além de
dar fim na náusea, dá um sono maravilhoso. Mas como eu sou a
revoltadinha dos medicamentos e sei que em algum momento por volta do
3ª mês os enjoos deviam parar, interrompi algumas vezes o remédio.
Sem sucesso. Pelo visto, sou daquelas que pode passar a gravidez
inteira enjoada. #CHATINHADA
Fato é que estava aberta, desde o dia 15 de
janeiro, a temporada dos litros de lágrimas, das surpresas com a
notícia, da perda progressiva de cintura, dos maiores peitos que já
tive na vida (ALÔ ALÔ GRAÇAS A DEUS), dos amigos sendo tão lindos
mesmo à distância e, entre outras coisas, de um José bem paciente
com as minhas maravilhosas mudanças de humor e palestras
particulares sobre tudo que está acontecendo/vai acontecer com o
bebê.
A identidade nipobrasileira eternamente gravada no resultado do exame |
Hahaha... sensacional, sua linda :)
ResponderEliminarE digo que li esse texto como se você estivesse me contando, lembrando até do seu sotaque.
Torcendo para que seus enjoos passem e que você seja cada dia mais feliz aí na terrinha do além mar.
Bjos saudosos.
Obrigada, lindona!
EliminarCom ou sem enjoos, as coisas seguem ficando melhores.
Saudade!
:**
Uma lagriminha no canto do meu olho direito. E um sorriso gigante no meu rosto hahaha <3
ResponderEliminar<3 Só eu posso chorar aqui! hahahaahah
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